segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O sistema de cotas brasileiro

O sistema de cotas par o ingresso ao ensino superior público gerou muita polêmica quando foi criado. É inegável que a função da escola é transformar “pequenos” cidadãos em “grandes” cidadãos, através de noções de conhecimento, ética e valores morais. A escola pública, no entanto, não atende a esses quesitos. Problemas como: aprovação automática de alunos e professores com salários congelados há onze anos são comuns. Torna-se evidente através desses argumentos, a verdadeira raiz da questão.
O mecanismo de cotas é propagandeado como a solução do problema de desigualdades econômica, social e racial. Contudo uma escola com as características acima mostradas, não é capaz de que seus alunos; não todos, pois sempre há aqueles que possuem muita força de vontade para superar as adversidades; freqüentem uma faculdade pública em mesmo nível de outros estudantes que freqüentaram escolas particulares. Existem casos até de alunos de escolas preparatórias públicas boas que não tiveram a porcentagem de aulas necessárias para competir no vestibular devido a greves.
Outro problema é que quem costuma se favorecer desse tipo de medida são as classes média e alta pertencentes a minorias éticas. Os estudantes dessas classes econômicas se favorecem dessa medida, sendo assim, o sistema de cotas acaba por concentrar ainda mais a riqueza e não reparti-la. Isso deixa os estudantes de minorias, que freqüentam boas escolas, com uma sensação de conforto, pois sabem que as medidas os favorecem em cheio nos vestibulares, mesmo que não tirem a pontuação mínima.
Mais um problema é que juridicamente ninguém num país miscigenado como o Brasil, salvo algumas exceções como imigrantes e descendentes, podem ser considerados negros ou brancos. A probabilidade de o indivíduo possuir genes oriundos das raças branca, negra e índia, as três principais raças formadoras da sociedade brasileira, é grande o que permite que qualquer um, através de exame de DNA, prove que pertence a essa ou aquela raça de acordo com seus interesses pessoais.
Logo, em minha opinião, essa foi uma medida aprovada num caráter emergencial, que não solucionou os problemas do Brasil. Deveria ser debatida pelos políticos por mais tempo, e em último caso um referendo deveria ser feito para pesquisar a opinião do povo, e não ser tratado como caráter eleitoreiro por políticos e reitores. Esta poderia até ser uma medida interessante desde que não tivesse sido tomada com tanto furor. Os piores do Brasil são os que o governam e não os que são governados.

Milan Benes

Pensamentos sobre liberdade de imprensa

O texto opinativo de minha autoria sobre liberdade de imprensa tem primeiramente a função de explicar para as pessoas o que é liberdade de imprensa para depois discutir o assunto. É interessante lembrar que o Brasil vem de um recente período negro de ditadura militar e sendo assim ainda estamos num processo de adaptação a uma das leis mais antigas de países desenvolvidos.

Por isso mesmo que questões como a regulamentação da imprensa através de um órgão que a regule vêm gerando tanta polêmica: é o medo do retorno dos anos de chumbo. Bem sendo assim segue abaixo um pequeno resumo do que é liberdade de imprensa.

A liberdade de imprensa é um dos princípios pelos quais um Estado democrático assegura a liberdade de expressão aos seus cidadãos e respectivas associações, principalmente no que diz respeito a quaisquer publicações que estes possam pôr a circular. Segundo alguns autores, o termo "imprensa" pode, por vezes, alargar-se a outros meios de comunicação social além de material escrito. De qualquer forma, a liberdade de imprensa corresponde a uma garantia menos geral que a "liberdade de expressão", que se aplica a todas as formas de comunicação (por exemplo, nas artes).

Cada governo tem competências para legislar em relação a esta matéria de forma a classificar os assuntos que devem ser do conhecimento público ou não, de acordo com os interesses governamentais (mesmo em sociedades democráticas, existe o segredo de Estado, por exemplo).

Sendo assim percebe-se que a liberdade de imprensa é um pouco mais restrita que a liberdade de expressão que além de englobá-la engloba as artes. A liberdade de imprensa desse jeito se resume à liberdade de qualquer material audiovisual circular pela sociedade. Alguns dos meios de comunicação que mais são favorecidos pela lei são: televisão, rádio, jornal, revista, Internet, etc...

Agora é importante dizer como alei evoluiu com o passar dos anos no Brasil sendo assim, a impressão era proibida no Brasil na época da monarquia. Em 13 de maio de 1808, a proibição da prensa foi suspensa, mas ainda não existia a livre atividade da imprensa. No mesmo ano, surgiu o primeiro jornal no Brasil, "A Gazeta do Rio de Janeiro", sujeitado à censura prévia. Antes da independência do Brasil, os livros entravam clandestinamente no país e sua posse era um crime. A imprensa só surgiu com a chegada da família real em 1808. Depois disso, a primeira Assembléia Constituinte elaborou a nova Lei de Imprensa, dando liberdade à publicação, à venda, à compra de livros, porém com algumas exceções. O período republicano foi marcado por vários atentados à liberdade de imprensa. A primeira lei de imprensa na era republicana retirava do Código Penal os crimes de imprensa e instituiu-se o direito de resposta e reformou-se o processo de crimes da imprensa.

Os fundamentos legais acerca do direito à informação foram estabelecidos com a Constituição de 1988, a mais liberal da história do Brasil em relação à imprensa e não deveria deixar de ser pois veio depois da ditadura militar no Brasil onde foram feitas várias transgressões à esse direito democrático.

Hoje temos associações voltadas para a luta pela liberdade de expressão e de imprensa, como a ANJ (Associação Nacional de Jornais) que além de desenvolver ações para propor a liberdade de imprensa no país, e denunciam ações que ameacem a atividade do profissional. Com esse programa, houve um aumento de controle sobre os crimes cometidos contra a imprensa e seus profissionais.

Considerando os meios de comunicação social como um espaço público, temos as colunas de correção de erros, seções de cartas dos leitores e observatórios de imprensa. Essas participações do público têm aumentado nos últimos anos. Contudo, os Conselhos de Imprensa parecem ser a forma mais eficaz porque podem preservar a mídia da interferência política e funcionam como órgãos de intermediação de queixas e reparações de erros .

Mas uma coisa que tem feito falta é um órgão regulador da imprensa, nos moldes da OAB e do CRM, contudo comandado por jornalistas eleitos em eleições periódicas e não pelo governo. Quando um jornalista não cumprir com seu dever de jornalista teria que responder a esse órgão e não só à Justiça Comum. E esse órgão teria a função de cassar jornalistas que eventualmente cometessem erros brutais como, por exemplo, destruir a vida de uma pessoa inocente com uma reportagem equivocada.

Outra coisa que merece ser revista é o direito de resposta concedido a pessoas que forem vítimas de denúncias caluniosas. É muito difícil um meio de comunicação ceder um espaço de direito de resposta do mesmo tamanho do da denúncia não comprovada pela lei. È dever do bom jornalista incentivar direitos iguais para todos pois não podemos esquecer que todo jornalista briga pela democracia. Desse jeito com certeza viveremos numa sociedade mais justa e com menos injustiças.


Milan Benes

Música do verão 2007 brasileiro

Em todo o Brasil, Alguns estilos e gêneros musicais se tornam mais presentes em determinadas épocas do ano; um estilo musical que se mantém sempre popular, reaparecendo com força total no verão, principalmente no carnaval, é o Samba.
Desde seu surgimento no século XX, o samba é um tipo de música feito com instrumentos de percussão, violão e cavaquinho, que se torna mais popular e presente no verão, principalmente pelo fato da existência das escolas de samba e seus sambas – enredo.
O Samba, que é a principal forma de música com origens africanas, provavelmente surgiu na Bahia, mas ganhou forma e um histórico próprio no Rio de Janeiro, devido à transferência de escravos para as plantações de café no Estado do Rio.
Independentemente das músicas de escolas de samba como a Mangueira e Beija–Flor, o samba teve e tem sua forma natural apreciada pelo povo brasileiro desde que esse tipo de música existe.
O primeiro samba foi “Pelo telefone”, de Donga, e alguns dos grandes nomes desse ritmo são: Ary Barroso, Beth Carvalho, Cartola, Bezerra da Silva, Martinho da Vila, Clara Nunes, Noel Rosa, Fundo de quintal, Almir Guineto, Paulinho da viola, Pixinguinha, Jorge Aragão e Jovelina Pérola Negra, só para citar alguns...
O “verdadeiro samba” surgiu nos anos 30, através de um grupo de músicos liderados por Ismael Silva, que fundou no bairro carioca Estácio de Sá, a primeira escola de samba, Deixa Falar que adequou o gênero ao desfile de carnaval. Essa escola acabou dando origem a outras escolas como Mangueira, Portela, Salgueiro, Império Serrano, Beija – Flor, etc...
É importante ressaltar que o samba contou com fortes aliados como o rádio e o presidente Getúlio Vargas, que o transformaram na “música oficial do Brasil”.
Nos anos 50, o estilo Bossa Nova, de João Gilberto e Tom Jobim, promoveu o resgate dos mestres do samba; graças a isso, muitos artistas de samba gravaram discos nesse período, como Cartola, Nélson Cavaquinho e Zé Kéti.
Nos anos 70, compositores e cantores como Martinho da Vila, Clara Nunes e Beth Carvalho dominavam as paradas de sucesso.
No início da década de 80, o samba reapareceu na forma de pagode. O pagode nasceu nos subúrbios cariocas, e passou a utilizar novos instrumentos como banjo e tantã, além de uma linguagem renovada, despojada e mais popular. Os nomes mais importantes do pagode são: Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Fundo de Quintal, Almir Guineto e Jovelina Pérola Negra.
No início da década de 90, o pagode de raiz começou a perder terreno para uma variante mais comercial. Os grupos mais importantes dessa fase são: Raça Negra, Exaltasamba e Molejo.
Ainda na década de 90, vemos o ressurgimento de Leci Brandão e Jorge Aragão, além de presenciarmos o surgimento de Dudu Nobre. Esses artistas primam por um pagode mais verdadeiro.
No verão, movidos pelas altas temperaturas da estação, muitos cariocas saem de casa à procura de rodas de samba em bares, buscando diversão e um som que possa ser cantado, tocado e apreciado.
É importante lembrar que as escolas de samba promovem, ainda antes do carnaval, diversos ensaios e a apresentação de seus novos sambas enredo. Esse é um acontecimento interessante que ocorre em todos os verões.


Axé contagia o Brasil

Outro ritmo que repercute no Rio de Janeiro e no Brasil afora, principalmente no verão, é o Samba Reggae (mais conhecido como Axé music) que é originado da fusão do samba com o reggae. As bandas de Samba Reggae normalmente apresentam tambores, pandeiro, atabaque, guitarra, baixo, teclado e bateria, além de instrumentos de música latina.
O Samba Reggae passou a ser chamado de Axé devido ao fato de apresentar forte influência da cultura africana nas suas letras e composições. Axé em português significa energia, poder, força da natureza,ou seja, é o poder de realização através de força sobrenatural.
A Axé music surgiu na Bahia nos anos 80, sendo que os primeiros artistas desse estilo foram: Cheiro de amor, Luís Caldas, Banda Eva, Margareth Menezes, Olodum, Daniela Mercury, Araketu, Chiclete com banana, Asa de águia, Timbalada, Terra samba e Banda Beijo.
Na verdade, a origem do estilo vem até antes desses artistas, e isso pode ser comprovado pelo fato da existência dos blocos de Dodô e Osmar, que apresentavam a guitarra baiana.
Depois dos primeiros artistas de Axé a realmente fazerem sucesso no Brasil (Cheiro de amor, Daniela Mercury...), vieram outros artistas que vem fazendo sucesso desde o final da década de 90 até os dias atuais, que vem a ser Ivete Sangalo, Babado novo, Netinho e Jammil e uma noites.
O grupo É o Tchan também é um grupo que vem fazendo sucesso desde meados dos anos 90, e que apresentou a beleza de dançarinas como Sheila Mello e Sheila Carvalho.
A partir do início dos anos 2000, o Axé passou a ganhar mais força no verão do Rio de Janeiro, foi quando começaram a haver diversas micaretas (carnavais fora de época) patrocinadas por grandes empresas do Rio.
Percebe-se uma certa dificuldade de surgimento de artistas novos do estilo, sendo que alguns artistas consagrados tem alternado sucessos do ritmo baiano com baladas pop; Um bom exemplo disso é Ivete Sangalo. Pode-se dizer que o Axé é responsável por uma grande popularidade traduzida por uma grande venda de CD´s, um grande número de shows, além de diversas aparições de seus artistas na mídia.


Mario Mendes e Milan Benes

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Crônicas Musicais

Meu primeiro encontro com a música, como não deveria deixar de ser, foi com músicas infantis como as do Trem da Alegria (chocolate, piuí abacaxi, felicidade), Xuxa (ABC da Xuxa, aniversário), Toquinho (“Aquarela”), Chico Buarque (“O caderno”) etc. Meu primeiro contato com a música foi com as rádios do meu pai que tocavam basicamente música pop nacional como Tim Maia, Lulu Santos, Cássia Eller, Cazuza, Jorge Benjor, Sandra de Sá, esses eram alguns ídolos do meu pai que mais tarde passaram a ser os meus ídolos.

Na minha festa do livro (evento que comemora a alfabetização) fui apresentado a Frenéticas, músicas da Jovem Guarda, Lulu e Toquinho já conhecia, mas por que isso? Por que a festa é feita para agradar os pais e por isso tocou música da juventude deles, e também aquela época era a explosão do funk, ou seja, se fossem agradar os alunos seria uma festa de péssima qualidadeJ. Sim, já gostei de funk, contudo era uma época que ele tinha mais conteúdo.

Ah, mas esqueci, no rádio do carro do meu pai eu também tive acesso a Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Hawaii, Blitz, Ultraje a Rigor, sempre os achei interessantes, contudo ainda não tinham me cativado, contudo quando explodiu o fenômeno Mamonas Assassinas foi que eu me apaixonei por rock e quando eles morreram tive de rever alguns conceitos e percebi que as grandes pessoas da música brasileira eram essas acima e não os Mamonas que eu idolatrava.

Continuando, em casa tinha LP’s de Bossa Nova, Elvis e Beatles e quando eu os escutava provavelmente já ia moldando a minha musicalidade. Passou mais um tempo e meus pais se separaram quando eu tinha mais ou menos 12 anos, com isso ele levou seus velhos LP’s e passei a escutar menos rádio pois a graça era escutar rádio no carro do meu pai que era um Ipanema com mala, eu sempre ia na mala perto do som.

Com o advento dos CD’s passei a escutar as coletânes que minha mãe comprava: Nat King Cole, Renato Russo, Elton John, Zizi Possi, Nana Caymmi, The Mamas and The Papas entre outros, não esquecendo de ópera e música clássica. Meu pai continuou com um gosto mais popular que vai desde Zeca Pagodinho e Martinho da Vila, por exemplo, até Gabriel, o Pensador.

Alguns desses trabalhos eu gosto, outros apenas admiro, mas acho que todo esse ecletismo dos meus pais acabou aperfeiçoando o meu gosto musical, permitindo que eu possa perceber se uma música, independente do estilo musical, é boa ou não.

Um show quente numa noite fria

Uma noite fria de outubro era o cenário de um show. Lá estava eu em um terreno hostil e inóspito para presenciar um show do RPM. Quem poderia imaginar que teria um show de rock naquele lugar tão marcado pelo country music brasileiro. Era ele que deveria ser o pano de fundo daquele evento, um rodeio. Este evento foi por uma noite/madrugada o point do pop-rock nacional com um show do RPM.

Era um palco em dimensões razoáveis para um show do porte da banda. Fim do rodeio, começa a aglomeração de pessoas no palco ao lado para o show. À meia-noite quando ninguém esperava uma fumaceira veio do palco e começaram a se escutar os acordes da música comercial que o grupo fez para o programa Big Brother “Vida Real” que está na boca do público por causa do programa. Eu até perdôo os problemas técnicos que presenciei nessa faixa pois erros acontecem até em eventos de grande porte.

Depois vieram grandes sucessos que agitaram os fâs como: “Revoluções por minuto”, “Louras geladas”, “Rádio Pirata”, “Alvorada voraz” e “Juvenila”. O grupo arriscou covers de Cazuza com “Exagerado” e de Raul Seixas com “Gitá”. Música muito bonitas que emocionaram a platéia: “Terra Brasilis” que conta a possibilidade de um mundo utópico assim como “Imagine” versão da famosa letra de John Lennon.

O show foi fechado com a eletrizante “Olhar 43” que aqueceu o público de Descoberto e os botou para dançar. Nota triste do evento é que nesse dia tinha sido a primeira vez que eu vi o Paulo Ricardo com a nova formação do RPM. Infelizmente os velhinhos foram tirados á força pelo vocalista do grupo o que ocasionou esse racha na banda. Só o baterista continuou. Contudo esses acontecimentos não estragaram a noite das descobertenses que gritaram muito para chamar a atenção de Paulo Ricardo (inclusive a minha tia), que mico!

Review: Black Dog

Uma ótima noite só isso tenho a dizer! O que parecia que seria uma noite morna acabou se transformando num ótimo programa. É verdade que a localização e a organização do Bar do Blues não foi lá uma maravilha. Que confusão pra comprar uma cerveja! E na hora de ir embora que lugar sinistro!

Mas devo admitir que as bandas que se apresentaram eram de qualidade razoável para bom. A de blues e a cover do Iron Maiden eram razoáveis. E a Black Dog é de boa qualidade boa para uma cover de Led Zeppelin e Deep Purple.

Quando a banda cover do Iron começou a tocar geral ficou se olhando sem entender foi que aí apareceu o Marcelo e disse: Calma! É só depois dessa. Mediante esta fala até que eu me diverti com aqueles playboys tocando Iron.

Depois entrou a Black Dog tocando “The ocean” do Led Zeppelin para mostrar a que veio. Bem agora vou separar por bandas como foi a ordem das músicas.Led Zeppelin: a clássica: “Black dog”, a mais que clássica: “Dazed and confused”, a eletrizante: “Whole lotta love” e a linda: “Stairway to heaven” para finalizar o show. O público foi a loucura com essas músicas principalmente pois tinha uma grande concentração de membros do fã-clube do Led Zeppelin: Zeppeliano.

Deep Purple: a super-clássica “Smoke in the water”, a inflamada “Burn” a retalhada pela banda “Black Night” que a transformou num momento em reggae quando foram se apresentar.

Enfim acabou valendo o preço do ingresso e garantiu minha indicação quando tocarem boas bandas lá principalmente porque não tivemos nenhum problema na volta para Niterói.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

A entrevista de Amauri Mesquita na UCAM

A entrevista que Amauri Mesquita nos concedeu teve como pontos fortes: sua infância, sua carreira como piloto e o antigomobilismo. Amauri Mesquita com muito bom humor e paciência para com a turma e atendeu a todas as perguntas dela.
Ao lembrar de sua infância Amauri lembrou-nos que sua família sempre foi contra o seu sonho de se tornar um piloto. Daí fez o possível para vencer, o pai lhe ensinou mecânica e a dirigir embora nunca tenha competido.
Desde cedo aprendeu que cada piloto tem seu tempo e assim é injusto fazer comparações. Com 6 anos, se envolveu em uma confusão ao pegar o carro do seu pai e fugir da rádio-patrulha. Sua primeira competição foi de aeromodelismo aos 16 anos. Como piloto, estreou no kart aos 22 anos.
Como piloto, afirma que um dos seus carros mais vitoriosos foi o DKW-V Mag, embora não esquece de seu igualmente vitorioso Audi Mini-Cooper. Seu mecânico Ferrari atuava em sintonia com ele. Interlagos é sua pista predileta. Seus maiores rivais foram os irmãos Fittipaldi (Emerson e Wilson). Amauri diz que não se importava com a condição das pistas (seca ou molhada) pois se adaptava com facilidade a elas.
Amauri foi um dos fundadores da Stock Car (totalmente independente) e baseada no automobilismo argentino, possuía um único patrocinador a General Motors. Amauri corria por prazer, pois o automobilismo lhe deu muito mais despesas do que lucros. Tanto é que possuía um outro emprego: técnico de seguros, profissão que exerce há 50 anos e agora planeja se aposentar.
Quando se aposentou no automobilismo em 1979, tendo ganhado sua última corrida, Amauri Mesquita resolveu adotar como hobby o antigomobilismo. Sua coleção possui cerca de 16 carros antigos e um de seus carros favoritos é uma réplica do Porsche Super 90 conversível. Amauri é contra a automatização dos carros de corrida atuais. Ele só a acha necessária na parte de motores. Por último, Mesquita revela um sonho que não foi possível realizar em sua vitoriosa carreira: correr fora do Brasil.