quarta-feira, 18 de julho de 2007

Crônicas Musicais

Meu primeiro encontro com a música, como não deveria deixar de ser, foi com músicas infantis como as do Trem da Alegria (chocolate, piuí abacaxi, felicidade), Xuxa (ABC da Xuxa, aniversário), Toquinho (“Aquarela”), Chico Buarque (“O caderno”) etc. Meu primeiro contato com a música foi com as rádios do meu pai que tocavam basicamente música pop nacional como Tim Maia, Lulu Santos, Cássia Eller, Cazuza, Jorge Benjor, Sandra de Sá, esses eram alguns ídolos do meu pai que mais tarde passaram a ser os meus ídolos.

Na minha festa do livro (evento que comemora a alfabetização) fui apresentado a Frenéticas, músicas da Jovem Guarda, Lulu e Toquinho já conhecia, mas por que isso? Por que a festa é feita para agradar os pais e por isso tocou música da juventude deles, e também aquela época era a explosão do funk, ou seja, se fossem agradar os alunos seria uma festa de péssima qualidadeJ. Sim, já gostei de funk, contudo era uma época que ele tinha mais conteúdo.

Ah, mas esqueci, no rádio do carro do meu pai eu também tive acesso a Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Hawaii, Blitz, Ultraje a Rigor, sempre os achei interessantes, contudo ainda não tinham me cativado, contudo quando explodiu o fenômeno Mamonas Assassinas foi que eu me apaixonei por rock e quando eles morreram tive de rever alguns conceitos e percebi que as grandes pessoas da música brasileira eram essas acima e não os Mamonas que eu idolatrava.

Continuando, em casa tinha LP’s de Bossa Nova, Elvis e Beatles e quando eu os escutava provavelmente já ia moldando a minha musicalidade. Passou mais um tempo e meus pais se separaram quando eu tinha mais ou menos 12 anos, com isso ele levou seus velhos LP’s e passei a escutar menos rádio pois a graça era escutar rádio no carro do meu pai que era um Ipanema com mala, eu sempre ia na mala perto do som.

Com o advento dos CD’s passei a escutar as coletânes que minha mãe comprava: Nat King Cole, Renato Russo, Elton John, Zizi Possi, Nana Caymmi, The Mamas and The Papas entre outros, não esquecendo de ópera e música clássica. Meu pai continuou com um gosto mais popular que vai desde Zeca Pagodinho e Martinho da Vila, por exemplo, até Gabriel, o Pensador.

Alguns desses trabalhos eu gosto, outros apenas admiro, mas acho que todo esse ecletismo dos meus pais acabou aperfeiçoando o meu gosto musical, permitindo que eu possa perceber se uma música, independente do estilo musical, é boa ou não.

Um show quente numa noite fria

Uma noite fria de outubro era o cenário de um show. Lá estava eu em um terreno hostil e inóspito para presenciar um show do RPM. Quem poderia imaginar que teria um show de rock naquele lugar tão marcado pelo country music brasileiro. Era ele que deveria ser o pano de fundo daquele evento, um rodeio. Este evento foi por uma noite/madrugada o point do pop-rock nacional com um show do RPM.

Era um palco em dimensões razoáveis para um show do porte da banda. Fim do rodeio, começa a aglomeração de pessoas no palco ao lado para o show. À meia-noite quando ninguém esperava uma fumaceira veio do palco e começaram a se escutar os acordes da música comercial que o grupo fez para o programa Big Brother “Vida Real” que está na boca do público por causa do programa. Eu até perdôo os problemas técnicos que presenciei nessa faixa pois erros acontecem até em eventos de grande porte.

Depois vieram grandes sucessos que agitaram os fâs como: “Revoluções por minuto”, “Louras geladas”, “Rádio Pirata”, “Alvorada voraz” e “Juvenila”. O grupo arriscou covers de Cazuza com “Exagerado” e de Raul Seixas com “Gitá”. Música muito bonitas que emocionaram a platéia: “Terra Brasilis” que conta a possibilidade de um mundo utópico assim como “Imagine” versão da famosa letra de John Lennon.

O show foi fechado com a eletrizante “Olhar 43” que aqueceu o público de Descoberto e os botou para dançar. Nota triste do evento é que nesse dia tinha sido a primeira vez que eu vi o Paulo Ricardo com a nova formação do RPM. Infelizmente os velhinhos foram tirados á força pelo vocalista do grupo o que ocasionou esse racha na banda. Só o baterista continuou. Contudo esses acontecimentos não estragaram a noite das descobertenses que gritaram muito para chamar a atenção de Paulo Ricardo (inclusive a minha tia), que mico!

Review: Black Dog

Uma ótima noite só isso tenho a dizer! O que parecia que seria uma noite morna acabou se transformando num ótimo programa. É verdade que a localização e a organização do Bar do Blues não foi lá uma maravilha. Que confusão pra comprar uma cerveja! E na hora de ir embora que lugar sinistro!

Mas devo admitir que as bandas que se apresentaram eram de qualidade razoável para bom. A de blues e a cover do Iron Maiden eram razoáveis. E a Black Dog é de boa qualidade boa para uma cover de Led Zeppelin e Deep Purple.

Quando a banda cover do Iron começou a tocar geral ficou se olhando sem entender foi que aí apareceu o Marcelo e disse: Calma! É só depois dessa. Mediante esta fala até que eu me diverti com aqueles playboys tocando Iron.

Depois entrou a Black Dog tocando “The ocean” do Led Zeppelin para mostrar a que veio. Bem agora vou separar por bandas como foi a ordem das músicas.Led Zeppelin: a clássica: “Black dog”, a mais que clássica: “Dazed and confused”, a eletrizante: “Whole lotta love” e a linda: “Stairway to heaven” para finalizar o show. O público foi a loucura com essas músicas principalmente pois tinha uma grande concentração de membros do fã-clube do Led Zeppelin: Zeppeliano.

Deep Purple: a super-clássica “Smoke in the water”, a inflamada “Burn” a retalhada pela banda “Black Night” que a transformou num momento em reggae quando foram se apresentar.

Enfim acabou valendo o preço do ingresso e garantiu minha indicação quando tocarem boas bandas lá principalmente porque não tivemos nenhum problema na volta para Niterói.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

A entrevista de Amauri Mesquita na UCAM

A entrevista que Amauri Mesquita nos concedeu teve como pontos fortes: sua infância, sua carreira como piloto e o antigomobilismo. Amauri Mesquita com muito bom humor e paciência para com a turma e atendeu a todas as perguntas dela.
Ao lembrar de sua infância Amauri lembrou-nos que sua família sempre foi contra o seu sonho de se tornar um piloto. Daí fez o possível para vencer, o pai lhe ensinou mecânica e a dirigir embora nunca tenha competido.
Desde cedo aprendeu que cada piloto tem seu tempo e assim é injusto fazer comparações. Com 6 anos, se envolveu em uma confusão ao pegar o carro do seu pai e fugir da rádio-patrulha. Sua primeira competição foi de aeromodelismo aos 16 anos. Como piloto, estreou no kart aos 22 anos.
Como piloto, afirma que um dos seus carros mais vitoriosos foi o DKW-V Mag, embora não esquece de seu igualmente vitorioso Audi Mini-Cooper. Seu mecânico Ferrari atuava em sintonia com ele. Interlagos é sua pista predileta. Seus maiores rivais foram os irmãos Fittipaldi (Emerson e Wilson). Amauri diz que não se importava com a condição das pistas (seca ou molhada) pois se adaptava com facilidade a elas.
Amauri foi um dos fundadores da Stock Car (totalmente independente) e baseada no automobilismo argentino, possuía um único patrocinador a General Motors. Amauri corria por prazer, pois o automobilismo lhe deu muito mais despesas do que lucros. Tanto é que possuía um outro emprego: técnico de seguros, profissão que exerce há 50 anos e agora planeja se aposentar.
Quando se aposentou no automobilismo em 1979, tendo ganhado sua última corrida, Amauri Mesquita resolveu adotar como hobby o antigomobilismo. Sua coleção possui cerca de 16 carros antigos e um de seus carros favoritos é uma réplica do Porsche Super 90 conversível. Amauri é contra a automatização dos carros de corrida atuais. Ele só a acha necessária na parte de motores. Por último, Mesquita revela um sonho que não foi possível realizar em sua vitoriosa carreira: correr fora do Brasil.