segunda-feira, 31 de março de 2008

A nova tendência verde do mercado

John Doerr, do fundo KPCB é um dos investidores mais influentes do mundo cuja fortuna pessoal alcança a marca de um bilhão de dólares. John é um engenheiro elétrico de 56 anos, com mestrado pela Universidade Rice e MBA em Harvard. Esse homem do Vale do Silício faz parte do conselho de Google, Amazon, Intuit, Homestore e Sun.
A conversão do engenheiro à causa ambiental se deu numa conversa informal com sua filha , na qual ela acusou a geração dele de destruir o meio ambiente. A partir daí, ele percebeu qual seria a próxima guinada que o mercado daria.
Casos como os de John têm se tornado corriqueiros no mundo atual. Cada vez mais o mercado de energias renováveis ou relacionado a alguma causa ambiental ganha o terreno que antes era da tecnologia da informação.
Nesse ínterim, cada vez mais políticos, executivos e até celebridades buscam um lugar ao sol na nova mania ecológica. Os símbolos dessa era são: Bono Vox e Al Gore. Alguns investindo visando unicamente o lucro, outros querendo aparecer, posando como salvadores da pátria. Contudo ainda há, os que realmente querem ajudar na causa.
Nunca se deve menosprezar o que o petróleo fez pelo mundo, pois ele ainda é o mais importante combustível do mundo. Contudo é importante ressaltar que é um dos combustíveis que mais devastam o meio ambiente. Antigamente perdia de longe da energia nuclear como o mais poluidor, mas os japoneses descobriram um jeito de tratar do lixo atômico.
Sendo assim novas tecnologias diariamente clamam pelo posto de sucessor do petróleo. O diesel, o biocombustível e o hidrogênio são alguns dos candidatos potenciais. Qualquer instabilidade que se apresente é seguida por um aumento nas ações de empresas que ajudem nas pesquisas de implantação desses novos tipos de energias.
Esse movimento no mercado é decorrente também de uma conscientização ecológica que é uma das bandeiras da sociedade atual. É verdade que para despertar toda essa consciência foi preciso muitos shows beneficientes , muitos Live Earth’s para gerar essa comoção.
Muitas empresas se aproveitando dessa transformação na mentalidade da sociedade tentam iludi-la com programas ambientais. Nos programas, tudo vira propaganda, para cativar os consumidores fontes alternativas de energia, preservação da fauna e da flora, reciclagem, entre outros assuntos são apoiados pelas empresas.
As mais utilizadas são ações de reflorestamento que visam “substituir” o gás carbônico lançado por elas mesmas na atmosfera pelo oxigênio das plantas. Especialistas em Ecologia dizem ser impossível de se calcular quanto gás carbônico uma empresa lança na atmosfera.
Voltando ao personagem da matéria recentemente, a Califórnia decidiu ampliar pesquisas com células-tronco, Doerr doou 6 milhões de dólares. Não por acaso, ele estava muito interessado no incentivo que a medida daria às empresas de biotecnologia. Esse gesto serviu também para o investidor passar uma boa imagem para a sociedade.
Um aparente gesto de filantropia foi explicado, mais tarde, pela criação por ele, junto com acadêmicos, empreendendores e empresários, da Greentech. A associação tem como objetivo fazer lobby por leis severas sobre os grande emissores de gás carbônico. Com isso crescem as oportunidades para quem lida com energias renováveis.
A Amyris é um exemplo claro da influência que um capitalista de risco pode ter num novo negócio. A empresa nasceu com a intenção de criar novas drogas para o combate à malária. Quando os investidores tomaram conhecimento de uma nova tecnologia perceberam que a técnica poderia ser usada para a geração de biodiesel.
Na mesma hora, a empresa conseguiu levantar 20 milhões de dólares em capital de risco através da KPCB e em outros dois fundos e que tem o aplicador em seu conselho de administração. Um gestor do setor energético também foi contratado para administrar a nova diretriz empresarial que a Amyris estava tomando.
Pois é, através desse modo aparentemente sem ética que o empresariado aplica seu dinheiro. Nessas horas, é necessário que a sociedade engula em seco discussões sobre ética pois o que se está em jogo é o futuro do planeta. Infelizmente, quem tem dinheiro continua com vontade de aplicá-lo sem correr riscos e se isso acarretar uma melhora na qualidade de vida do mundo, o que se pode fazer?

Epidemia de dengue atinge a cidade do Rio de Janeiro

A epidemia de dengue, apesar da Secretaria Municipal de Saúde negar a gravidade da situação, atingiu finalmente o número crítico de 45 casos à hora no município. As informações são de um dos maiores especialistas sobre a doença no país: Roberto Medronho, do Núcleo de Saúde Coletiva da UFRJ. Em apenas um dia foram registrados 1100 casos de dengue no município.
O prefeito César Maia veementemente nega que sua cidade viva uma epidemia mesmo com a exposição desses números alarmantes. Maia constantemente fala que o pior já passou e que a epidemia está em estágio de declínio. Isso não ocorre, pois a cada mês os números da doença sobem no Rio. Em janeiro cerca de 114,5 casos foram registrados. Em fevereiro, foram 158,2 e em março o número já está em 43,3, sendo que ainda estamos em meados do mês.
Numa entrevista à Rádio Globo o prefeito diz “já houve uma epidemia e que sempre que um óbito é informado, ele se refere a 40 dias ou 30 dias atrás, porque há necessidade de exames laboratoriais”. A Secretaria de Saúde afirma que para ser considerado uma epidemia a incidência de casos a cada cem mil habitantes deve ser de 470 pessoas infectadas.
Segundo Medronho, os números divulgados pela prefeitura são totalmente equivocados e não correspondem à realidade. Ele afirma que as medidas não se adeqüam aos números da Organização Panamericana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). O cálculo deve ser feito excluindo-se anos em que houve epidemias, ou seja, analisando-os com base histórica.
- Se contabilizar os anos epidêmicos, nunca mais haverá uma epidemia de dengue no Rio. Não podemos ter como parâmetro um ano como2002, quando foram registrados 138.027 casos. Não existe uma taxa de incidência determinada. Cada local deve analisar a sua base histórica. – explica Medronho.
È inegável que quem mais sofre com a situação é a população que não possui o conhecimento de como se evitar a dengue. Porque para se conter epidemia de dengue mais do que evitar deve-se fiscalizar as ações do vizinho. As áreas que mais sofrem com a doença são as áreas carentes como as favelas. Uma solução seria utilizar as rádios comunitárias nesse processo de conscientização da população.

Revolução digital

O Estado do Rio de Janeiro está prestes a sofrer uma grande transformação tecnológica, tudo isso graças a Revolução Digital. Ela proporcionará uma incrível melhora na qualidade de imagem. A melhora virá pela ação de um conversor que aumentará o preço da TV, quando embutido nela, em 8 a 13 mil reais. O aparelho isolado custará entre 500 e 600 reais. Há expectativa que o governo entre em ação para baratear o custo do aparelho para um valor entre 100 e 200 reais.
A estréia será no dia 20 de abril, pelas mãos da TV Globo que lançará a TV digital nos 17 municípios que fazem parte da Região Metropolitana do Estado: Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Mesquita, Tanguá, Nova Iguaçu, Magé, Seropédica, São João de Meriti, Nilópolis, Queimados, Paracambi, Itaboraí e Japeri.
As outras principais regiões do país já têm data marcada para receber a nova tecnologia: Brasília e Belo Horizonte em meados de julho; Fortaleza, Salvador e Curitiba em outubro e Porto alegre e João Pessoa apenas em 2009. Lembrando que em São Paulo a transmissão HD foi lançada em 2007, que tem tudo para ser um ano importante para a TV brasileira como foram 1948 (primeira transmissão de TV), 1950 (primeira transmissão comercial do Brasil, a da TV Tupi) e 1972 (primeira transmissão colorida).
O presidente da Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV), Daniel Slaviero garante as datas de estréia acima, mas explica que variará de emissora para emissora. Os sinais analógicos, usados atualmente pelas emissoras de TV, perdurarão até 2016.
- Estamos comparando o início da TV digital com três grandes momentos da TV no país: 1950, com o início das transmissões de TV; 1972, com o início da TV em cores em Caxias do Sul, na Festa da Uva; e agora 2007, com a entrada da TV digital. Será a renovação deste que é o principal meio de informação, entretenimento e cultura da população brasileira, transmitida de forma aberta e gratuita - celebra Slaviero.

O Brasil comemora os 50 anos da bossa nova

A bossa nova, estilo musical brasileiro muito importante comemora uma data importante. São 50 anos de bossa nova no nosso país. A música que marca o início desse movimento é Chega de saudade lançada num compacto simples de mesmo nome do violonista baiano João Gilberto. Os principais nomes da bossa nova: João Gilberto, Vinícius de Moraes, Antonio Carlos Jobim. São também associados ao movimento: Carlos Lyra, Sérgio Mendes, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Luiz Bonfá, Ronaldo Bôscoli, Baden Powell, Elizeth Cardoso, Nara Leão, Maysa, Miúcha e Toquinho, entre muitos outros.
Basicamente o estilo se trata de uma nova forma de cantar samba. È importante ressaltar que ele tem forte influência do jazz americano, o que em parte explica o sucesso das músicas por lá. Nos EUA, há músicos americanos que tocam bossa nova pura ou numa “fusion” com o jazz norte-americano. Sendo que o jazz fusion mistura o estilo com rock, folk, R & B, música eletrônica e world music (segundo os americanos aqui se encaixa a bossa nova). Bem como podemos ver os americanos não gostam muito de sistematizações e classificam toda música étnica que não se encaixe nos estilos acima em world music,
Com a decadência do movimento no Brasil, muitos músicos se mudaram para os EUA, onde fazem sucesso até hoje como o músico Sérgio Mendes. Recentemente, a banda de hip hop americana Black Eyed Peas lançou em conjunto com o pianista uma nova versão da música Mas que nada, que se tornou um sucesso intantâneo. Essa música é de Jorge Benjor, e tinha sido gravado por Sérgio em versão bossa nova. Pois é agora a bossa nova faz “fusion” até com hip hop.
O fim do estilo coincidiu com o nascimento da MPB, que trazia muito pouco ou nada de bossa nova com artista s como Chico Buarque, Geraldo Vandré e Edu Lobo. Alguns artistas do movimento foram tocar MPB como Vinicius de Moraes e Edu Lobo, com a música Arrastão, defendida por Elis Regina no 1º Festival da Canção da TV Excelcior. Cazuza, roqueiro seria fortemente influenciado pelo estilo, em sua carreira solo, na década de 80, e dois exemplos são as músicas: Faz parte do meu show e Preciso dizer que te amo.
No dia 1º de março teve um show Bossa Nova – 50 anos com Maria Rita, filha de Elis Regina, Oscar Castro Neves e Roberto Menescal. Marai Rita representou bem sua mãe e se emocionou muito ao relembrar com outros artistas os compactos Chega de saudade, de João Gilberto e o LP Canção do amor demais de Elizeth Cardoso. Oito mil pessoas lotaram o Posto 10 de Copacabana o que só evidencia a importância cada bossa nova no Brasil.