O sistema de cotas par o ingresso ao ensino superior público gerou muita polêmica quando foi criado. É inegável que a função da escola é transformar “pequenos” cidadãos em “grandes” cidadãos, através de noções de conhecimento, ética e valores morais. A escola pública, no entanto, não atende a esses quesitos. Problemas como: aprovação automática de alunos e professores com salários congelados há onze anos são comuns. Torna-se evidente através desses argumentos, a verdadeira raiz da questão.
O mecanismo de cotas é propagandeado como a solução do problema de desigualdades econômica, social e racial. Contudo uma escola com as características acima mostradas, não é capaz de que seus alunos; não todos, pois sempre há aqueles que possuem muita força de vontade para superar as adversidades; freqüentem uma faculdade pública em mesmo nível de outros estudantes que freqüentaram escolas particulares. Existem casos até de alunos de escolas preparatórias públicas boas que não tiveram a porcentagem de aulas necessárias para competir no vestibular devido a greves.
Outro problema é que quem costuma se favorecer desse tipo de medida são as classes média e alta pertencentes a minorias éticas. Os estudantes dessas classes econômicas se favorecem dessa medida, sendo assim, o sistema de cotas acaba por concentrar ainda mais a riqueza e não reparti-la. Isso deixa os estudantes de minorias, que freqüentam boas escolas, com uma sensação de conforto, pois sabem que as medidas os favorecem em cheio nos vestibulares, mesmo que não tirem a pontuação mínima.
Mais um problema é que juridicamente ninguém num país miscigenado como o Brasil, salvo algumas exceções como imigrantes e descendentes, podem ser considerados negros ou brancos. A probabilidade de o indivíduo possuir genes oriundos das raças branca, negra e índia, as três principais raças formadoras da sociedade brasileira, é grande o que permite que qualquer um, através de exame de DNA, prove que pertence a essa ou aquela raça de acordo com seus interesses pessoais.
Logo, em minha opinião, essa foi uma medida aprovada num caráter emergencial, que não solucionou os problemas do Brasil. Deveria ser debatida pelos políticos por mais tempo, e em último caso um referendo deveria ser feito para pesquisar a opinião do povo, e não ser tratado como caráter eleitoreiro por políticos e reitores. Esta poderia até ser uma medida interessante desde que não tivesse sido tomada com tanto furor. Os piores do Brasil são os que o governam e não os que são governados.
Milan Benes
22:00
Há 7 anos
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