segunda-feira, 31 de março de 2008

Epidemia de dengue atinge a cidade do Rio de Janeiro

A epidemia de dengue, apesar da Secretaria Municipal de Saúde negar a gravidade da situação, atingiu finalmente o número crítico de 45 casos à hora no município. As informações são de um dos maiores especialistas sobre a doença no país: Roberto Medronho, do Núcleo de Saúde Coletiva da UFRJ. Em apenas um dia foram registrados 1100 casos de dengue no município.
O prefeito César Maia veementemente nega que sua cidade viva uma epidemia mesmo com a exposição desses números alarmantes. Maia constantemente fala que o pior já passou e que a epidemia está em estágio de declínio. Isso não ocorre, pois a cada mês os números da doença sobem no Rio. Em janeiro cerca de 114,5 casos foram registrados. Em fevereiro, foram 158,2 e em março o número já está em 43,3, sendo que ainda estamos em meados do mês.
Numa entrevista à Rádio Globo o prefeito diz “já houve uma epidemia e que sempre que um óbito é informado, ele se refere a 40 dias ou 30 dias atrás, porque há necessidade de exames laboratoriais”. A Secretaria de Saúde afirma que para ser considerado uma epidemia a incidência de casos a cada cem mil habitantes deve ser de 470 pessoas infectadas.
Segundo Medronho, os números divulgados pela prefeitura são totalmente equivocados e não correspondem à realidade. Ele afirma que as medidas não se adeqüam aos números da Organização Panamericana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). O cálculo deve ser feito excluindo-se anos em que houve epidemias, ou seja, analisando-os com base histórica.
- Se contabilizar os anos epidêmicos, nunca mais haverá uma epidemia de dengue no Rio. Não podemos ter como parâmetro um ano como2002, quando foram registrados 138.027 casos. Não existe uma taxa de incidência determinada. Cada local deve analisar a sua base histórica. – explica Medronho.
È inegável que quem mais sofre com a situação é a população que não possui o conhecimento de como se evitar a dengue. Porque para se conter epidemia de dengue mais do que evitar deve-se fiscalizar as ações do vizinho. As áreas que mais sofrem com a doença são as áreas carentes como as favelas. Uma solução seria utilizar as rádios comunitárias nesse processo de conscientização da população.

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