sábado, 1 de janeiro de 2011

A ética empresarial fere a ética do jornalismo?



O jornalismo empresarial é uma área que ganhou força no mundo corporativo. Ele tem um amplo leque de atividades produzidas por jornalistas contratados por empresas ou organizações visando à divulgação de novidades e feitos interessantes. O jornalista contratado lida com a mídia na elaboração de veículos jornalísticos que se relacionam com os meios interno e externo.

Esse tipo de profissional, além de ser um bom jornalista, tem que ter noções de mercado e público. E ao se tornar um especialista em marketing, ele acaba ganhando uma importância estratégica na empresa. A grande questão é que o jornalista, ao se enquadrar na ética empresarial pode ferir a própria ética da profissão.

Há certas situações que a ética pode ser quebrada tanto pelos assessores de comunicação empresarial, quanto pela grande imprensa. Exemplo: quando os veículos publicam matérias “chapa branca” visando interesses comerciais. Neste caso pode ser do Governo ou, ainda, da iniciativa privada. Outro exemplo acontece quando os assessores, com o intuito de fazer “média” com a imprensa, divulgam matérias negativas da própria empresa ou do concorrente.

Existe uma corrente na comunicação social que aponta esse tipo de jornalismo como o substituto das Relações Públicas no mercado. Mas de acordo com a assessora da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, Elza Calazans, isso não ocorrerá, pois são duas coisas diferentes. “Dentro da comunicação empresarial, o RP tem papel garantido e não é jornalismo. São coisas que se completam, portanto um não pode substituir o outro”.

Milan Moraes e Rodolpho Terra

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